Mi Buenos Aires Querido! - parte 3

É na área mais central de Buenos Aires que está a Casa Rosada, onde é possível fazer visitas guiadas aos finais de semana (fomos e recomendo, mas deve ser como muitas outras, cheias do luxo e até uma igreja no seu interior), e a sua frente está a famosa Plaza de Mayo, palco de manifestações populares desde sempre. E entre tantos prédios de instituições financeiras, ao redor da praça (o centro financeiro), Banco Nacional (o lugar mais seguro para cambiar) e a Igreja Catedral, está o Cabildo e Museu da Revolução, com artigos que contam um pouco da história da cidade e dos anos que o país lutou pela independência.

É por essas ruas que também se encontra o Manzana de Las Luces (Quarteirão das Luzes), um centro cultural que se abriga em uma das construções mais antigas da capital portenha. No complexo de prédios, há a igreja San Ignacio, a mais antiga da cidade. Mas como deixamos para visitar esse local no final de semana, conhecemos apenas parte, o que já foi muito interessante, devido à forma ovalada do teto, o local servia para armazenar mercadorias das missões jesuíticas.

A calle Florida é a rua comercial, para os turistas gastarem seus pesos em roupas, eletrônicos, etc, onde se localiza a Galeria Pacífico, que se destaca pelos afrescos do teto, mas que não passa de um shopping carésimo! Dessa rua prefiro aproveitar os pintores que se acomodam no meio do calçadão, ah sim, a Florida é tipo um calçadão, esperar para que um casal comece a dançar tango ou comprar saias lindas dos ambulantes.

Já na calle Santa Fe, o destaque é para O Ateneu, um antigo teatro que hoje é uma belíssima livraria, que permanece igual a um teatro, com a exceção das poltronas que foram retiradas. Mas o palco está no mesmo lugar, abrigando um café e espaço para apresentações artísticas, quando fomos havia uma pequena orquestra de apresentando. Com vários andares, onde ficavam as galerias do teatro, há prateleiras de livros por onde se pode andar. Diga-se de passagens que os livros são muito baratos em Bs Ar, ouvi dizer que isso se deve ao fato de não incindir impostos sobre eles.

No centro também há o Café Tortoni, na Avenida de Mayo, que culima na Praza de Mayo, inclusive é um dos pontos turísticos que de destaca na hora de fazer o passeio com o bus turístico e sempre há muitas pessoas para entrar no local. Por isso, escolhemos uma manhã bem cedo para tomar lá o nosso café e só assim mesmo para conseguir ir sem pegar fila. Embora mais caro que os demais cafés, vale a pena experimentar alguma delícia e conhecer a decoração e um pouco de sua história, bem como os bonecos que ficam em um cantinho do café, entre eles, Carlos Gardel.

Tudo isso fica próximo ao Puerto Madero, o bairro "moderno" de Bs Ar, onde estão os arranha-céus das grandes marcas corporativas e dos hotéis 20 estrelas. Mas nisso tudo, o mais interessante é ir ao próprio porto, onde existem longos prédios que hoje funcionam como restaurantes, alguns mais acessíveis do que outros ($$$), além de enormes guindastes e uma reserva ecológica, onde se pode caminhar em sua orla, em uma área verde lindíssima, atrás de todos esses prédios. Seguindo a reserva, chega-se na outra ponta, onde está o Cassino Flutuante que, embora seja ilegal o jogo, como está em cima da água não está descumprindo com as leis aham. O casino é também ponto turístico, dá para entrar só pra ver como é, ou mesmo, apostar as suas fichas.

Diferente das outras regiões de Bs Ar que conhecemos, o Puerto Madero é o único em que estão sendo construídos megas prédios, ao menos, não contaminam toda a cidade. Tudo isso no lado "de cá" da Avenida 9 de Julio, a principal avenida da capital portenha e considerada a maior do mundo o.0 Será? De qualquer forma, na sequência, vamos atravessá-la e conhecer o outro lado.