Em meio a correria do dia-a-dia, se faz necessário parar um pouco, parar e pensar, pensar e olhar ao seu redor, literalmente, de preferência, quando se estiver em casa, porque é o lugar por onde se pode começar alguma mudança significativa. Mas mudar mesmo, não só a forma de pensar, mas também o jeito de fazer as coisas, nem que seja a passo de tartaruga.

Isso não me atormenta, pois já tenho bem definido que essas mudanças são importantes, tanto para si próprio como para o mundo, mas colocar em prática, ok, isso sim me atormenta. Não o fato de eu colocar em prática, mas o fato de pensar até que ponto o que eu faço para mudar interfere de forma concreta nas mudanças do mundo.

Bom, não é à toa que isso me atormenta, pois é um tormento coletivo, e foi numa conversa virtual com uma amiga ontem que trocamos impressões sobre isso. De que adianta fazer um ato certo se cometemos outros três nem tão dignos de serem citados? Estamos atrelados ao sistema e isso não permite uma mudança drástica. Mas tenho claro que isso não é um problema, o problema é quando nem isso enchergamos.

Na real o que me atormenta é achar que o pouco que fazemos não pode ser algo digno de ser chamado de mudança, mas se eu não achar que muda, porque faria? então continuarei, mesmo que para muitos seja uma ilusão, a mudar o meu grão de areia de lugar. Desagradabilíssimas, diga-se de passagem, as pessoas que adoram jogar um mega, super e grande balde de água gelada, nem fria é, nas atitudes de outras pessoas, justificando que não adianta de nada, na verdade, isso é apenas uma forma de se desculparem por serem uns grandes inúteis!

Hoje, não quero atormentar ninguém, mas quero consolar, digamos, quem faz alguma coisa pra mudar, é aquele velho papo que já tá bem chatinho, mas enfim, se cada um fizesse a sua parte... mas como não fazem a coisa demora para ser realmente mudada. Mais chato ainda é eu ficar inumerando aqui o que poderíamos fazer, né, fica um papinho mega ultrapassado, mas infelizmente, sei que muita gente nem isso sabe, então, caso esse texto venha a se deparar com algum desses desavisados, vou inumerar algumas coisas, e quem quiser pode sugerir outras iniciativas relevantes, mas claro vai passar pelo meu crivo, porque tem que dar soluções bem viáveis, senão vão ficar dizendo que aquilo não é possível fazer, e desculpa para tudo é o que não falta:

1. separar o lixo orgânico do lixo seco
2. economizar água ao tomar banho, lavar a louça, lavar calçadas, ou seja, essas coisas que se fazem com água
3. economizar luz, sem deixar aparelhos desnecessários ligados, ou a luz acessa quando não se estiver em um cômodo
4. quem tiver carro, usar quando necessário, ou dar carona para as pessoas não terem que dirigir apenas com eles mesmos no auto
5. quem puder e quando puder, usar o transporte coletivo, bicicleta, ir a pé,
6. optar por fazer compras em feiras, onde se compra direto do produtor, se tiver acesso a uma feira em que os produtores não usam veneno, melhor,
7. fazer ou comprar de pessoas que fazem artesanalmente os produtos de limpeza e de higiene pessoal,
8. no mercado, optar por produtos que sejam fabricados na região, e que não estejam atrelados às grandes marcas que vendem de tudo
9. procurar um criador local para consumir carne
10. diminuir a quantidade de produtos industrializados
11. quando possível, fazer a prória comida, um pão, um bolo, um doce
12. quem tiver espaço, fazer um hortinha em casa
13. comprar roupas e calçados quando necessário, não apenas para acumular roupa no armário e procurar comprar de fábricas menores, mais próximas, ou mesmo de artesãos.

Vixi, dá pra fazer muita coisa, e sei que cada item pode gerar um grande debate com todas a questões que envolvem o consumo de cada produto, além de preço e tá bom, tá bom, mas para se desatrelar do sistema, é preciso se desatrelar de algumas atitudes que já estão tão enraizadas que nem se percebe que podem ser mudadas. Enfim, cada um pode fazer muito, é só querer, nem que seja como a dona tartaruga.
 

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