Porto Alegre - Manaus parte 2

Dando prosseguimento ao relato das delícias amazônicas, outro item de extrema importância, inclusive, para a hidratação do corpo é a água de coco, a qual experimentamos menos do que eu queria, mas sempre refrescava a caminhada, regada a muito suor. Sabe aquele bafo quente portoalegrense? em Manaus é sempre assim, por isso a chuva é mais do que bem vinda, e não dá nada se molhar, que logo depois o calor volta e já seca o corpo :)

Um hábito do povo manauara, aliás, acolhemos já no segundo dia: usar sombrinha, tanto para se proteger do sol, como para se proteger da chuva, apesar que proteção mesmo tinha que ter do sol. Já as padarias não são um estabelecimento muito comum, ao menos, não em nossas andanças, e não foram poucas, mas por sorte perto do hostel onde estávamos havia uma, delícia! Tortas, sucos...

Depois desses relatos gastronômicos, o que vale contar são os passeios aos museus de Manaus, que resgatam a história da cidade e, com isso, os turistas conhecem um pouco da sua história. É verdade que a maioria dos museus, palácios, palacetes, como também são chamados, na sua grande maioria, foram recentemente reformados e dá para imaginar que um dos motivos, senão o motivo principal, é o fato da copa, infelizmente, no meu ponto de vista, estar vindo para o país.

Se tem que ver algum ponto positivo nisso, em Manaus, são os museus, os quais estavam largados ao esquecimento, ao menos, é isso o que mostram as imagens que existem nos próprios lugares reformados, onde são expostas as fotos de como as construções estavam antes da reforma. Também nem dá para chamar de reforma, mas sim, de restauração, é quase inacreditável que prédios praticamente danificados voltaram a sua arquitetura original, ou muito próxima dela.

amazonas turismo O que gostamos demais e também acho que sempre falta nos museus é ter um guia com o qual podemos fazer a visita. Além de explicar o que significava cada parte do museu, as suas palavras resgatam mais um pouco da história de Manaus. E ao contrário de outros museus, ao menos, dos que conheço pelas bandas de cá, lá as exposições são permanentes e reconstroem antigos cenários, como a casa do governador, o tribunal municipal, etc. Por mais que isso seja uma forma de, talvez, manter um certo status, é também onde podemos observar a discrepância entre as classes sociais, desde a urbanização de Manaus.

ponto turistico capital manaus O interesse por isso foi tão grande que compramos dois livros sobre a história de Manaus e num deles é relatado justamente isso, todas as injustiças sociais sofridas pelos nativos desde o primeiro ciclo da borracha, quando a cidade teve um tipo de boom populacional, vindo, em especial, do exterior. Um dos grandes, senão o maior símbolo da Manaus "desenvolvida" é o Teatro Amazonas, que lembra de certa forma o Teatro São Pedro (não é bairrismo, é fazer comparações com os elementos disponíveis), para se ter uma ideia da arquitetura, porém, um pouco maior. Foi a nossa primeira visita guiada e já lá recebemos muitas informações sobre a época em que a elite da cidade não achava que a produção da borracha um dia entraria em crise e chegava a acender seus charutos com notas de dinheiro.

capital manauara É da sacada do Teatro Amazonas que também podemos ver por completa a igreja que se localiza na mesma praça, que tem apenas uma torre, sendo que tem espaço para a segunda, mas ela não está ali. A questão é que a igreja começa/começava a pagar os impostos ao vaticano apenas depois que estivesse pronta, por isso, ficou faltando uma torre, assim, a igreja dizia que não tinha dinheiro para fazer a igreja toda e ficava isenta do imposto, sabichões :)

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