Porto Alegre - Paraguai - Parte 5

Estávamos no Paraguai e a mudança da paisagem foi radical, embora o calor fosse o mesmo e a língua, bem, na prática ficamos sabendo que não se assemelhava tanto aos países que já tínhamos conhecido de língua espanhola. Ao chegar no centro de Encarnación, na rodoviária, e antes de procurar por um hotel, pensamos em dar uma olhada para ver como eram os horários para Asunción, sendo que pegaríamos um ônibus no dia seguinte ou ficaríamos mais alguns dias?

A questão é que só queríamos saber dos horários e nisso já vieram muitos vendedores oferecendo as passagens, ok, ônibus para a capital paraguaia era o que não faltava. Vimos algumas fachadas de hotéis que achamos melhor nem entrar e logo encontramos num que parecia ter um ótimo custo benefício, demos mais uma volta para confirmar se era onde ficaríamos e aproveitamos para ver onde podíamos almoçar, já passava do meio dia.

O hotel em que ficamos tinha uma arquitetura curiosa, com escadas no meio da construção, bastante grande, mas que tinham os quartos com janelas que apenas davam para os corredores, água fria no chuveiro (mas ok, estava quente, mas que não saia muita água), enfim, pelo preço e pelo tempo que ficaríamos, não tava tão ruim, só questionamos isso quando com o primeiro banho o quarto ficou quase alagado. Ao menos, o ar condicionado funcionava - não sou adepta do ar condicionado, mas desde o começo da viagem não era um luxo, mas sim, uma necessidade.

Fomos almoçar uma comida caseira deliciosa em um pequeno restaurante, estava perfeito se lá vendessem cerveja, pois era outra necessidade. Mesmo embaixo do sol torrencial aventuramos um passeio para fazer a digestão, até porque tínhamos que cambiar nosso dinheiro, o que tínhamos feito na alfândega, mas apenas um pouco, porque o lugar não parecia ser o melhor para fazer isso. Desta vez, entramos em uma casa de cambio e nos surpreendemos com a facilidade de trocar nosso dinheiro pelos guaranis (moeda paraguaia), pois não pediram nem identidade, ao contrário da argentina onde devíamos mostrar identidade e a papelada da migração. Além disso, nas casas de câmbio da argentina, eles não trocam dinheiro por guaranis, só mesmo no paraguai para consegui-los.

turismo Bom, saímos de lá milionários, pois qualquer coisa no Paraguai custa mil guaranis, senhora desvalorização. Enfim, fomos descansar e mais tarde voltamos para a rua, no final da tarde, quando parecia que o sol estava torturando menos. Munidos de mapa, como sempre, seguimos em direção à orla da cidade e, até então, aquela cidade que parecia cenário de um filme de western provou que todo o lugar tem o seu encanto: uma deliciosa praia. Melhor do que encontrar o que se procura é achar o que nem pensava ser visto. 

viagem paraguai Seguimos até próximo da orla e, em princípio, lembrava a orla de Posadas, aquela parte em reformas bastante deserta apenas com uma construção antiga em pé, mas avistamos muitos carros estacionados e pensamos que onde há fumaça, há fogo, ou seja, com tantos carros ali, logo era de se imaginar que haviam muitas pessoas e, por consequência, alguma coisa acontecia. Seguindo mais então, avistamos a praia, areia e muita gente! Pena que estávamos sem roupas de banho... hehehe Teria sido muito refrescante, mas nos contentamos em sentar num barzinho por ali e tomar uma Pilsen paraguaia.
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Satisfeitos por ter valido a pena caminhar até ali, voltamos para o hotel, pensando na hora da janta. Quando fomos em busca dela, seguimos pelo outro lado, o oposto à orla, as ruas estavam bastante escuras e desertas e precisamos avaliar qual caminho era mais seguro. Paramos em uma pizzaria e tivemos uma refeição dos deuses. Na volta, o mesmo cuidado em escolher os caminhos mais iluminados. Talvez além daquela região, a cidade fosse mais interessante, pois até porto alegre assusta, a quem chegar pela rodoviária e ficar pelos seus arredores, infelizmente, não tivemos tempo para tirar essa dúvida, pois na manhã seguinte, depois de um café da manhã que foi classificado como o menos bom da viagem, seguimos rumo à Asunción.

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