
Posadas é uma deliciosa pontinha da região das missões na argentina, praticamente uma mini buenos aires, com tudo aquilo que adoramos na cidade porteña (o que vai dar muito pano pra manga em um relato próximo), claro, sem os seus pontos turísticos aclamados, mas com aquele clima hermano que gostamos desde o início (quando desbravamos o litoral uruguaio, sim, outra história para compartilhar). Então, fora os pontos turísticos, Bs Ar está ali em posadas, o acolhimento, as mesas na calçada, a culinária tentadora, as patrícias e outras mais...

Quando chegamos no centro de Posadas, seguimos as coordenadas de um mapa que tínhamos pegado na rodoviária, onde um guia nos deu algumas dicas básicas, e da onde pegamos um bus - diferente daqui, ao menos na minha experiência, as rodoviárias de lá ficam sempre longe do centro - muito! então "dêle" praticar o nosso espanhol... Mas foi "tranquilo, tranquilo", depois de descer do "autobús", pegamos a "calle" onde tinha verificado anteriormente a existência de malha hoteleira (mazá!), ou seja, hotéis!

Chegamos em uma praça com um quiosque turístico e colhemos mais informações, inclusive sobre uma casa de câmbio, que acabava de fechar. Como tínhamos trocado apenas alguns pesos no porto, ainda no Brasil, pois nos disseram que na argentina não aceitavam reais, mesmo nas cidades fronteiriças 0.o trocamos pouco, por pensar que não valia muito a pena trocar mais, sempre ouvimos que os cambiadores autônomos não são muito confiáveis, no entanto, depois verificamos que até tínhamos saído no lucro.

Enfim, isso queria dizer que não tínhamos nenhum "puto" peso e poderíamos trocar apenas no dia seguinte. "Dêle" usar o cartão de crédito, então, ao menos para comer, o que não poderíamos deixar de fazer aquele dia. No entanto, não encontrávamos lugar que aceitasse cartão 0.o e depois de muito caminhar e ter conhecido praticamente todos os restaurantes do centro da cidade, tivemos a grande ideia atrasada de pedir se eles aceitavam reais (dã) e sim, aceitavam, mas aí o troco seria em pesos, não é a coisa mais inteligente, mas por fim, deu "elas por elas".

Ah sim, mas antes de sair para comer, saímos em busca do hotel! Os preços estavam meio salgados e o único hostel que sabíamos de sua existência exigia mais um pouco de caminha e estávamos cansado do dia inteiro viajando. Escolhermos o mais em conta daquela região e não nos arrependemos, pois era bastante confortável com uma bela vista da cidade \o/. Aí sim, depois de um bom banho saímos em busca de comida e no restaurante que escolhemos tivemos uma deliciosa refeição - uma mega "tarta" (torta salgada) que funcionou também como almoço no dia seguinte e mesmo pedindo isso para o garçom, ele queria que experimentássemos uma "entrada" e quando agradecemos ele ainda se surpreendeu porque iríamos como só aquela imensa tarta, e ainda acrescentou que os brasileiros comem pouco. Não entendo como as argentinas não são todas obesas o.0.

Enfim, felizes e satisfeitos, queríamos uma boa noite de sono. Na manhã seguinte, o café da manhã era servido no restaurante do hotel e embora com seus deliciosos pães e "medias lunas" (aqueles tipo croissant), além do café, nada mais foi servido (eu disse que os hermanos não tem os cafés da manhã fartos como os nossos com frutas, etc). E seguimos a explorar essa cidade, embaixo do sol - e que sol!!!! torrava até pensamento, mas para que pensar, curtir a paisagem já era suficiente. Munidos de um dos mapas, chegamos até a orla de Posadas, do outro lado, Encarnación, no Paraguai, ambas as cidades ligadas por uma ponte, sobre o rio Paraná.

Ali encontramos uma daquelas estátuas que critiquei no post anterior, um padre missioneiro sendo homenageado... e além disso uma orla longa, grande, espaçosa e vazia... Só nós para estarmos aquela hora ali, no sol, em plena terça-feira (?). Seguindo mais vimos obras distantes no local, próximo à ponte, prédios antigos restaurados, entre eles, uma estação férrea. Na tarde do mesmo dia, voltamos e seguimos para o lado que não tínhamos conhecido, pensamos que pudêssemos chegar na ponte a pé, mas era muito distante e, devido as reformas (de aterramento?) era tudo muito deserto. Ali também estavam abrindo uma estrada para que os motoristas não tivessem que passar por dentro da cidade de Posadas para chegar até a ponte, em direção à Encarnación, tipo uma perimetral.


Na volta do passeio da tarde, ficamos mais pelo centro, conhecendo as feiras de artesãos, tomando uma gelada para refrescar, indo de bar em bar, até finalizarmos com uma "hamburguesa" (o que conhecemos como xis), em uma mesinha na rua, entre tantas outras cheias. Na manhã do dia seguinte, nos informamos sobre o bus para Encarnación e lá fomos nós atravessar a ponte, agora sim, literalmente rumo ao Paraguai, mas não sem antes descer do ônibus (é um sobe e desce!) na ponte, passar por um tipo de pré-alfândega, pegar outro bus, atravessar a ponte e, agora, já em Encarnación, descer, mostrar as identidades na alfândega, e acho que podíamos ter pego o mesmo autobús até o centro de Encarnación - muito longe da fronteira, mas "rateamos" e seguimos a pé, pegamos mais um ônibus mais adiante, depois de pedir informação a um rapaz que já começou a oferecer coisas para comprar (é isso, não é um boato, eles fazem isso constantemente, é um costume, uma tradição...).
As pessoas já não eram mais tão solícitas ou simpáticas como os hermanos argentinos, o clima era diferente, a paisagem era desértica, terra vermelha, sem árvores para refrescar e, por isso tudo, sabíamos que esse o reinicio de outra grande aventura...